CÍRCULO
DE AMIGOS DO MENOR PATRULHEIRO DO JARDIM RIO BRANCO
Rua Vinte e Quatro, n.º 376 – Jardim Rio Branco – São Vicente /
SP
CNPJ/MF n.º 07.206.927/0001-21
Nossa Filosofia é Educação bem dirigida, Recreação e Trabalho
bem orientado.
Educar para prosperar!
RESUMO DO PROJETO
Nome do Projeto:
“Caravana da Leitura”
Organização Proponente:
Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro do Jardim Rio Branco
Linha de Ação:
( ) Linha de Ação 1 - Ações de atendimento que
visem ao enfrentamento de situações de violação de direito de crianças e
adolescentes;
( ) Linha de Ação 2 - Projetos de atuação
social em rede que visem ao fortalecimento do sistema de garantia de direitos
com ênfase na mobilização social e na articulação para defesa dos direitos da
criança e do adolescente;
( x ) Linha de Ação 3 - Projetos que
fortaleçam o processo socioeducativo e contribuam com a redução da
vulnerabilidade social para o desenvolvimento pessoal das crianças e
adolescentes moradores da Área Continental.
Que
tipo de violação de direitos?
Artigo 4° do Estatuto da Criança e do
Adolescente, Lei Federal 8.069 de 13 de julho de 1990.
“É dever da família, da
comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
São Vicente, 18 de fevereiro de
2013.
APRESENTAÇÃO
Este projeto tem por base o
pressuposto de que as histórias não podem estar guardadas em livros fechados em
bibliotecas, ou nas estantes das escolas e casas. Elas devem, ao contrário, fazer
parte do cotidiano de crianças, adolescentes, pais e educadores, afinal, são de
uma riqueza cultural valiosa.
“Era uma vez” será a senha para se entrar no maravilhoso mundo dos
contos, mitos, lendas e fábulas. Basta que alguém diga essas três palavrinhas
mágicas que o encanto acontece, e nós adultos e crianças, como que
hipnotizados, esperamos que o contador de histórias prossiga com sua narrativa.
Ao ouvirmos uma história temos a
possibilidade de refletir sobre a vida, sobre a morte, sobre nossas atitudes e
escolhas, pois elas nos falam de dor, luta, compreensão, compaixão, solidariedade,
esperança e vitória! Porque elas proporcionam um grande prazer, e é uma
necessidade do ser humano, seja ele adulto ou criança.
Nessa perspectiva, o Camp Rio
Branco, apresenta a Caravana da Leitura, uma
projeto itinerante de contação de histórias, pelas ruas e praças do Distrito da
Área Continental de São Vicente, com o objetivo de oportunizar o acesso a
cultura de crianças e adolescentes, por meio das histórias, onde podemos
enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem,
ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força
do bem, proporcionando a ela viver o imaginário.
Além disso, as histórias
estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o
pensamento, tais como comparação, o pensamento hipotético, o raciocínio lógico,
pensamento divergente ou convergente, as relações especiais e temporais,
afinal, toda história tem princípio, meio e fim.
A Caravana da Leitura não tem a preocupação de contar de histórias
com o objetivo de transmitir conhecimentos ou dar lição de moral, as crianças e
os adolescentes precisam ouvir as histórias e ver livros pelo prazer que isso
lhes traz, para que possam tomar gosto pela leitura.
2. Quais serão os participantes do
projeto?
Crianças
0 a 4
|
Crianças
5 a 11
|
Adolescentes
12 a 17
|
N°
de atendimentos direitos
|
N°
de atendimentos direitos
|
N°
de atendimentos direitos
|
--------
|
150
|
50
|
A Caravana da Leitura pretende atingir diretamente um público de 200
pessoas, entre crianças e adolescentes, por bairro. O Projeto ficará 4 (quatro)
semanas em cada bairro, realizando oficinas semanais, nos períodos matutino e
vespertino, afim de garantir a participação de todas as crianças e adolescentes
em idade escolar.
No evento de abertura oficial do
projeto, prevista para o dia 23 de abril, Dia Internacional do Livro, na Praça
dos Ambientalistas, a estimativa é de 300 pessoas, abrangendo as famílias
destas crianças e adolescentes, além da rede de ensino da região.
3 – COMO O PROJETO SERÁ ORGANIZADO?
Objetivo
Geral: Democratizar o acesso ao mundo da literatura,
possibilitando a integração da cultura com crianças e adolescentes, através
de oficinas itinerantes de contação de histórias no Distrito da Área
Continental de São Vicente, enriquecendo as experiências infantis,
desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando
o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a eles
viver o imaginário.
|
||
Objetivo Específico
|
Ação
|
Resultado esperado
|
1.
Oportunizar às crianças e aos adolescentes o exercício da fantasia, da
criatividade, do pensamento mágico, o hábito e o prazer pela leitura,
desenvolvendo o espírito crítico, permitindo que elas pensem, duvidem,
perguntem, critiquem o que foi lido ou contado, tenham suas próprias ideias e
formem suas opiniões.
|
1. Realizar oficinas itinerantes de
Contação de Histórias;
2. Disponibilizar o acervo
bibliográfico adquirido às crianças e adolescentes durante o período de
realização do projeto;
|
1.
Transformação Social;
2. Construção e exercício da
cidadania com diminuição da exclusão sociocultural;
3. Aumento da concentração e atenção
a cada encontro com a leitura. A proposta incidi na leitura por prazer pelo
fato de ser apresentada desvinculada de outras atividades escolares;
4. Ampliação do repertório literário
por meio da leitura diária, uma vez que os livros estarão disponíveis a
todos;
5. Ampliação da qualidade e
diversidade dos comentários sobre os livros;
6. Elaboração de pensamentos crítico
em
relação às histórias contadas, para
eleição dos livros prediletos e argumentação com os colegas;
7. Leitura ou contação de histórias,
a partir da observação das imagens e da lembrança do que haviam escutado,
acompanhados pelos colegas ou sozinhas e.
8. Articulação do texto com a
imagem, apreciação das ilustrações, socialização de sentimentos e percepções
a partir do texto.
|
2.
Exercitar a leitura como prática democrática, fundamental na formação do
senso crítico e da cidadania.
|
||
3.
Promover a aprendizagem que sirva para a constituição de sujeitos que
simplesmente não pertençam a uma sociedade, porém a questiona e a transforma.
|
4. Em que princípio e experiência se
baseia a metodologia a ser utilizada?
A
concepção que fundamentou as atividades desenvolvidas no projeto foi a de que a
leitura é um processo de construção de significados, em que há uma relação de
diálogo e interação entre o leitor e o texto. Por meio da leitura, o contador
de histórias realiza um trabalho ativo de construção de significado do texto, não
se limitando simplesmente ao ato de extrair informações da escrita,
decodificando letra por letra, palavra por palavra, sílaba por sílaba. A
contação de histórias corresponde a um processo de compreensão de como
funcionam os signos linguísticos quando a criança ou adolescente depara-se com
conflitos e elabora suposições, reconstruindo significados da história a partir
de sua vivência de mundo.
Segundo Fanny Abramovich (2008),
em Literatura Infantil: gostosuras e
bobices, a contação de histórias é o primeiro contato e interação que ocorre
entre criança e texto, propiciando a ela a apreciação da beleza da história
mesmo sem saber ler.
Nessa perspectiva, a Caravana da Leitura, percorrerá os
seguintes caminhos:
- Abril
- 1° mês do projeto:
-
Recebimento do Recurso
-
Contratação da equipe de atuação do projeto
-
Aquisição dos materiais
- Iniciar
o processo de divulgação do projeto
-
Preparação para a Abertura oficial (ao público) do projeto
-
23/04 Dia Internacional do Livro, abertura oficial do Projeto na Praça dos
Ambientalistas;
- 03, 10, 17 e 24 de Maio: Caravana na
Leitura no Jardim Rio Branco, na Praça dos Ambientalistas;
- 07, 14, 21 e 28 de Junho: Caravana na
Leitura no Quarentenário, ao lado da Lagoa;
- 05, 12, 19 e 26 de Julho: Caravana na
Leitura na Vila Ema, em frente ao EMEI “Vila Ema”;
- 02, 09, 16, 23 e 31 de Agosto:
Caravana na Leitura no Humaitá / Parque Continental, na Praça do H;
- 06, 13, 20 e 27 de Setembro:
Caravana na Leitura no Samaritá, em frente à Creche Maria Elizabeth;
- 04, 11, 19 e 26 de Outubro:
Caravana na Leitura no Acaraú / Paratinga, na Sociedade de Melhoramentos
do Paratinga;
- 01, 08, 22 e 29 de Novembro:
Caravana na Leitura no Gleba II, no Portinho;
- Dezembro
- 9° mês do projeto:
-
Dias 06 e 13: Caravana na Leitura no Jardim Rio Negro, no campo de futebol em
frente a Creche Vovô Vitalino Soares.
-
Dia 20: evento de encerramento da Caravana
da Leitura na Praça dos Ambientalistas, ponto de partida do projeto, com
uma grande sessão de cinema ao ar livre, onde a criança que estiver participando,
receberá um exemplar do livro trabalhado no projeto, como um presente, devido
às festividades de fim de ano e como estratégia para o fomento a leitura.
Afinal, o objetivo geral do projeto, é a democratização do acesso à cultura. Serão
adquiridos 160 (cento e sessenta) exemplares, havendo mais crianças, haverá a
contrapartida da instituição.
- Prestação de contas do
projeto.
-
Entrega dos relatórios quantitativo e qualitativo do projeto, com os seguintes
dados: número de participantes, frequência/assiduidade, escolaridade, idade,
escola que estuda, bairro que reside, bairro que frequentou o projeto,
participação, comprometimento com o projeto, desenvolvimento escolar e pessoal.
Esses
dados farão parte do monitoramento que será realizado pela equipe técnica do
projeto, durantes as Caravanas.
Além das atividades itinerantes de contação de
histórias, a entidade, realizará junto ao projeto dois eventos:
(1) 12
de Junho: Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil.
(2) 13
de Julho: Promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
Os encontros serão planejados sempre a partir de
estudos e discussões da equipe executora do projeto, que se preparará em
oficinas fazendo a leitura de textos sobre literatura de infantil e formação do
leitor, que contará com os seguintes recursos: 160 exemplares de livros, com
textos e gravuras, só com gravuras, livros de tecido, de plástico e também
virtual; além de fantoches, dobraduras, sucatas diversas, marionetes, avental
de história, baú e maleta mágicos, sacola de leitura, gravuras e teatros.
As oficinas de contação de histórias terão como base os
contos de fada, contos maravilhosos, que são histórias sem a presença de fadas,
contos de exemplo, lendas, fábulas, mitos, história em quadrinhos, história com
fantoches, história cantada, história desenhada, história com interferência,
história com sequência e história de papel, com 03 (três) horas de duração por
período.
4. Como o Projeto pretende interagir
com políticas públicas?
Integrando
as ações da Caravana da Leitura com
os movimentos de construção de políticas públicas como: Conselhos Municipais,
Poder Executivo e Legislativo.
5. QUE CRONOGRAMA O PROJETO IRÁ
CUMPRIR
Objetivos
Específicos
|
Ações
|
Mês
01
|
Mês
02
|
Mês
03
|
Mês
04
|
Mês
05
|
Mês
06
|
Mês
07
|
Mês
08
|
Mês
09
|
1. Oportunizar
às crianças e aos adolescentes o exercício da fantasia, da criatividade, do
pensamento mágico, o hábito e o prazer pela leitura, desenvolvendo o espírito
crítico, permitindo que elas pensem, duvidem, perguntem, critiquem o que foi
lido ou contado, tenham suas próprias ideias e formem suas opiniões.
|
Oficina de Contação de Histórias
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
x
|
2.
Exercitar a leitura como prática democrática,
fundamental
na formação do senso crítico e da cidadania.
|
Oficina de Contação
de Histórias
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
x
|
3.
Promover a aprendizagem que sirva para a constituição de sujeitos que
simplesmente não pertençam a uma sociedade, porém a questiona e a transforma.
|
Oficina de Contação de Histórias
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
X
|
x
|
Centro Camará de Pesquisa e Apoio à
Infância e à Adolescência
|
CNPJ:
02.360.954/0001-30
|
RESUMO DO PROJETONOME DO PROJETO: Desafio Continental: educação e cultura em movimento.
ORGANIZAÇÃO PROPONENTE: Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência
Nome do Projeto: Desafio Continental: educação e cultura em movimento. |
Organização proponente: Centro Camará de Pesquisa e Apoio a Infância e Adolescência |
LINHA
DE AÇÃO DO PROJETO
|
|
1- Ações
diretas de atendimento que visem ao enfrentamento de situações
de violação de direitos de crianças e adolescentes.
|
|
2- Projetos de atuação social em rede que visem ao
fortalecimento do sistema de garantia de direitos com ênfase na
mobilização social e na articulação para defesa dos direitos
da criança e do adolescent
|
|
X |
3- Projetos que fortaleçam o processo
sócio-educativo e contribuam com a redução da vulnerabilidade
social para o desenvolvimento pessoal de crianças e adolescentes
moradores da área continental de São Vicente.
|
QUAL O TIPO DE DIREITO VIOLADO
QUE SEU PROJETO ATUA?
|
|
Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer ( Art. 53 e 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente) |
- 50 crianças e adolescentes com idade entre 09 e 14 anos, moradores do bairro Jardim Irmã Dolores estudantes da EMEF Prefeito José Meirelles;
- 25 adolescentes com idade entre 12 e 15 anos, cujas famílias estejam referenciadas no Centro de Referencia de Assistência Social – CRAS Parque Bitaru.
Crianças 0 a 04 anos
|
Crianças de 05 a 11 anos
|
Adolescentes de 12 a 17 anos
|
Nº de atendimentos diretos
|
Nº de atendimentos diretos
|
Nº de atendimentos diretos
|
20
|
55
|
Objetivo Geral
Contribuir
com a redução das vulnerabilidades de crianças e adolescentes
moradores do bairro Jardim Irmã Dolores, por meio da integração
de dispositivos de educação formal e não formal e estratégias
de saúde (mental) e assistência social.
|
||
Objetivo Específico
|
Ação
|
Resultados esperados
|
1.Realizar
experiências educativas com 75 crianças e adolescentes, por meio
de dispositivos de educação formal e não formal;
|
A.Grupo de Estudos Interdisciplinares: uma atividade
semanal de 3 horas de duração com as 50 crianças e adolescentes
participantes do projeto, em que percorreremos um roteiro de
aprendizagens.
|
Estudantes mobilizados para percorrer um roteiro de aprendizagens , a partir dos conteúdos curriculares apresentados pela escola. |
B. Encontro de Vivências e Produções Educativas:
Um encontro semanal de 4 horas de duração com 50 crianças e
adolescentes da EMEF Prefeito José Meirelles;
|
Crianças e adolescentes despertados para a riqueza da descoberta, da criação e da produção coletiva de histórias, saberes e afetos. | |
C. Oficina de Dança do Ventre: duas oficinas
semanais de 2 horas de duração com 10 adolescentes do sexo
feminino, referenciadas no CRAS Parque Bitaru.
|
Grupo preparado para organizar a Mostra de Cultura. | |
D. Oficina de Teatro: Uma oficina semanal de 4 horas
de duração com 15 adolescentes referenciados no CRAS Parque
Bitaru.
|
Grupo preparado para organizar a Mostra de Cultura. | |
E. Expedição
Histórica e Cultural: uma saída cultural com os participantes do
projeto.
|
Participantes do projeto vivenciando a dimensão do movimento e do deslocamento enquanto produtores de inquietações e desacomodações. | |
F. Mostra de Cultura: realizada no bairro Jardim Irmã
Dolores, seguida de uma reflexão sobre a participação ativa de
crianças e adolescentes na gestão do ambiente escolar e da
comunidade.
|
Familiares e educadores sensibilizados sobre a importância da participação da família e da comunidade no processo educativo das crianças e adolescentes do bairro. | |
2.Dar
sustentação ao processo educativo das crianças e adolescentes,
por meio de dispositivos e estratégias da saúde (mental) e da
assistência social.
|
G. Acompanhamento psicossocial de crianças e
adolescentes.
|
Crianças e adolescentes apoiados em situações de
entrave no processo de aprendizagem.
|
H. Acompanhamento Familiar.
|
Famílias apoiadas em situações de dificuldades no
exercício das funções materna e paterna.
|
|
I. Encontro da Camaradagem.
|
Grupos de famílias envolvidos nos processos educativos de que seus filhos participam. | |
3.
Incidir na formulação e controle
social da política da infância e adolescência do município,
por meio da participação ativa nos conselhos municipais de
saúde, educação, assistência social e direitos da criança e
do adolescente.
|
J. Participação, na condição
de conselheiro, nos Conselhos Municipais de Saúde, Educação,
Assistência Social e Direitos da Criança e do Adolescente e no
Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
|
Politica pública da infância construída a partir do diálogo entre a prática concreta realizada no território e as diretrizes, normativas e legislações vigentes. |
K. Reuniões quinzenais com gestores dos serviços de
saúde, educação e assistência social no território Jardim
Irmã Dolores.
|
Ações de politicas públicas no território integradas e articuladas. |
4.
PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS:
- Grupo de Estudos Interdisciplinares
Um
encontro semanal de três horas de duração será ofertado às
crianças e adolescentes como dispositivo de produção coletiva de
conhecimento a partir da diversidade presente no grupo. Trabalharemos
com o conceito e a técnica dos “ grupos operativos” e a noção
de “tarefa” propostos pelo psicanalista argentino EnriquePichon
Rivière. A tarefa deste grupo de 50 crianças e adolescentes será
percorrer uma trajetória de aprendizagens partindo dos conteúdos
escolares apresentados pela escola, em seu currículo. O grupo terá
um coordenador, que se encarregará de apresentar a tarefa do dia e
cuidará para que os participantes expressem seus saberes, seus não
saberes, suas dúvidas e hesitações e confiem na potência da
produção coletiva. Diversos materiais serão utilizados para apoiar
a produção do grupo: livros, filmes, mapas, músicas.
Eventualmente, serão convidados professores especialistas para
tratar de temas específicos.
O
trabalho desenvolvido pela equipe pedagógica da Escola Municipal
Desembargador Amorim Lima, em São Paulo com base na experiência da
Escola da Ponte, em Portugal, será referência para a metodologia
que iremos aplicar.
- Encontro de Vivências e Produções Educativas “A Caixa de Inventação”
O
educador e psicanalista Rubem Alves em seu texto “As Duas Caixas: a
caixa de brinquedos e a caixa de ferramentas” afirma que "a
primeira tarefa de cada geração, dos pais e das escolas, é passar
aos filhos, como herança, a caixa de ferramentas. Para que eles
sobrevivam e não tenham de começar da estaca zero. Diante da caixa
de ferramentas, a primeira pergunta que um professor tem de fazer é:
"Isso que estou ensinando é ferramenta para quê? De que forma
esse conhecimento aumenta a competência dos meus alunos para viver a
sua vida?"
Mas há uma outra caixa, na mão esquerda, a mão do coração e do prazer. Essa caixa está cheia de coisas inúteis que não servem para nada. Lá estão um livro de poemas da Cecília Meireles, a estória de "Alice no País das Maravilhas", um pé de jasmim, um quadro do Monet, uma sonata de Mozart, um banho de cachoeira, um beijo… Coisas inúteis. E, no entanto, elas são parte da vida e nos fazem sorrir. E não é para isso que se educa? Para que saibamos, além de viver, sorrir e ter prazer?”
Mas há uma outra caixa, na mão esquerda, a mão do coração e do prazer. Essa caixa está cheia de coisas inúteis que não servem para nada. Lá estão um livro de poemas da Cecília Meireles, a estória de "Alice no País das Maravilhas", um pé de jasmim, um quadro do Monet, uma sonata de Mozart, um banho de cachoeira, um beijo… Coisas inúteis. E, no entanto, elas são parte da vida e nos fazem sorrir. E não é para isso que se educa? Para que saibamos, além de viver, sorrir e ter prazer?”
Para
o poeta pantaneiro Manoel de Barros "a
poesia é uma reflexão permanente. A palavra me atinge de tal modo,
que a língua passa a inventar coisas. Nunca escrevi uma palavra que
não tenha roçado no meu corpo. Minha poesia é marcada por um
constante morrer e renascer. Essa permanente metamorfose está
presente em toda a minha obra. Acho que é importante para o poeta
reviçar as coisas"(In:
SÁ, 1992, p. 59)
O
encontro desses dois poetas educadores resultou na proposta
metodológica da Caixa de Inventação, que passamos a descrever:
“A
caixa será de madeira com rodinhas. Sua proporção aproximada será
0,80 x 0,70 com 0,75m de altura. A caixa guardará mistérios. Esse é
o seu maior propósito, ocultar objetos variados que serão
desvelados e recriados.
A
princípio, a equipe de educadores se incumbirá de guardar livros,
lápis, giz, novelos de lã, papel, cacarecos, areia, argila... Os
objetos poderão ser explorados pelos diversos sentidos: tato,
olfato, paladar, visão e audição. Eles serão renovados a cada
encontro. A tarefa é inventar.
No
decorrer do processo grupal os próprios participantes, em pequenos
grupos, poderão cuidar de abastecer a caixa, isto é, tirar coisas e
inserir outras que sejam surpresa para o próprio educador. Aquele ou
aqueles que estiverem com a incumbência de montar a caixa deverão
trazer ideias para as atividades, como “cartas na manga”; mas o
mais importante é não ficar engessado nas próprias ideias. Se o
grupo construir outra atividade melhor.
Privilegiaremos
a surpresa, poder olhar com outros olhos, desacomodar, abrir para a
possibilidade da criação e nova apropriação dos objetos e
relações que serão criadas.
Os
encontros serão ritualizados. O 1º momento será em uma grande
roda, cuja função será preservar a memória do grupo. Faremos o
resgate dos encontros anteriores, internalizando assim a experiência
do tempo processual e compartilharemos algo novo que tenha acontecido
na vida de cada um, reconheceremos os presentes e indagaremos sobre
os ausentes. Assim afirmaremos na experiência o sentido da pertença.
Usaremos nesta grande roda o bastão falador.
O
bastão falador é um instrumento simbólico usado pelos índios
xavantes e funciona como um ordenador grupal.
A
palavra circula com o bastão. Apenas aquele que estiver com o bastão
poderá exercer seu direito de fala, os demais serão convidados a
uma escuta atenta e presente.
A
caixa estará no centro da roda e sobre ela teremos a presença de
algum elemento da natureza, possivelmente uma flor, mas poderá ser
uma vela, uma bela pedra ou cristal. A ideia é homenagear o belo e
cultivar a relação homem- natureza. O bastão falador também
ficará sobre a caixa, isto é, no centro, quando não estiver nas
mãos do detentor da palavra.
Após
este primeiro momento da grande roda que durará uns 45minutos,
abriremos a caixa. Sendo o conteúdo da caixa variado, as atividades
dependerão da natureza do estímulo e, principalmente, da
apropriação deste pelo grupo. O tempo de exploração da caixa
girará em torno de 2:00h. No final voltaremos para a grande roda e
teremos mais uns 45minutos. Neste encerramento novamente utilizaremos
o bastão falador. Os participantes terão a possibilidade de se
expressarem verbalmente. Sempre será respeitada a expressão
silenciosa ou gestual.
- Sobre o momento da caixa.
Incentivaremos
a expressão e o exercício de diversas linguagens advindos das artes
plásticas, dramáticas, visuais, do movimento, da linguagem escrita
formal e informal e da tradição oral.
Assim,
ferramentas como vídeos, mandalas, eutonia, dança, exercícios de
teatro, contação de história, criação de história, trabalhos de
percussão e brincadeiras serão bem vindas e estimuladas.
O
respeito à singularidade, a descoberta do próprio ritmo e estilo
será estimulado na construção coletiva.
As
atividades poderão acontecer em duplas, pequenos grupos ou grupos
ampliados, dependendo de sua natureza.
No
final de cada encontro a equipe, as crianças e os adolescentes farão
um relatório de descrição e avaliação da atividade. Revezaremos
esta atividade com o propósito de fomentar a polifonia e
sistematizarmos a experiência a partir da expressão dos vários
participantes.
- Oficina de Dança do Ventre
Duas
aulas de dança do ventre semanais, com duas horas de duração, na
sede do Camará, para as adolescentes do sexo feminino participantes
do projeto. Esta atividade se apoia no dissertação de mestrado de
Márcia Mignac " A subversão da sujeição: a ação politica
da dança do ventre em corpos sujeitados e em instituições".Trata
se de uma proposta que anuncia a dança do ventre como ação
cognitiva do corpo, uma estratégia que permite ao corpo adolescente
conhecer se. A partir da feitura dos desenhos, como o oito infinito,
círculos e ondulações, o corpo se reconhece em cadeia articular e
se abre para as comunicações/ relações entre as regiões do
próprio corpo, pois não é possível a realização de um passo
como o oito infinito sem o encadeamento dos pés, joelhos, pernas e
quadril. E, nesse fazer, o corpo se faz.
- Oficina de Teatro
Encontro
Semanal de quatro horas de duração, realizada na Sede do Camará
com atividades de iniciação teatral, criação coletiva de textos e
cenas, produção e apresentação de espetáculos abordando temas de
interesse dos (as) adolescentes: Prevenção as
DST/AIDS,
sexualidade, meio ambiente, trabalho e cultura.
- Expedição Histórica e Cultural
- Acompanhamento
Psicossocial, Acompanhamento familiar e Encontro da Camaradagem
5. COMO O PROJETO PRETENDE INTERAGIR COM POLÍTICAS PÚBLICAS?
O Projeto Desafio Continental estabelece um objetivo especifico para influenciar a formulação da politica publica da infância no município:“ Incidir na formulação e controle social da política da infância e adolescência do município por meio da participação ativa nos conselhos municipais de saúde, educação, assistência social e direitos da criança e do adolescente”.
Para tanto, o coordenador do projeto terá como atribuição apresentar permanentemente o processo educativo em curso e os resultados alcançados aos conselhos de politicas públicas do município.
A Rede Metropolitana de CMDCAs da Baixada Santista constituirá o fórum de debates sobre a politica da infância na região, enquanto o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo – CONDECA / SP, será o espaço de análise e proposição de politicas públicas em nível estadual.
O local da experiência de integração de politicas públicas será o território, neste caso o bairro Jardim Irmã Dolores. A experiência cotidiana e concreta de conectar pessoas, serviços, órgãos governamentais e não governamentais, tal como propõe o Sistema de Garantia de Direitos (Art. 86 do ECA) fornecerá a base e o repertório que será encaminhado aos conselhos deliberativos de politicas públicas de saúde, educação, assistência social e direitos da criança e do adolescente.
Objetivos específicos
|
Ações
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Mês 01
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Mês 02
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Mês 03
|
Mês 04
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Mês 05
|
Mês 06
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Mês 07
|
Mês 08
|
Mês 09
|
1.Realizar experiências educativas com 75 crianças
e adolescentes, por meio de dispositivos de educação formal e
não formal;
|
A. Grupo de Estudos Interdisciplinares: uma
atividade semanal de 3 horas de duração com as 50 crianças e
adolescentes participantes do projeto, nos quais percorreremos um
roteiro de aprendizagens.
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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B. Encontro de Vivências e
Produções Educativas: Um encontro semanal de 4 horas de duração
com 50 crianças e adolescentes da EMEF Prefeito José Meirelles;
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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C. Oficina de Dança do Ventre: duas oficinas
semanais de 2 horas de duração com 10 adolescentes do sexo
feminino, referenciadas no CRAS Parque Bitaru.
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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D. Oficina de Teatro: Uma oficina semanal de 4 horas
de duração com 15 adolescentes referenciados no CRAS Parque
Bitaru.
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E. Expedição
Histórica e Cultural: uma saída cultural com os participantes do
projeto.
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F. Mostra de Cultura realizada no bairro Jardim Irmã
Dolores, seguida de uma reflexão sobre a participação ativa de
crianças e adolescentes na gestão do ambiente escolar e da
comunidade.
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X
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2.Dar sustentação ao processo educativo das
crianças e adolescentes, por meio de dispositivos e estratégias
da saúde (mental) e da assistência social.
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G.Acompanhamento psicossocial de crianças e
adolescentes
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H. Acompanhamento Familiar
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I Encontro da Camaradagem: realizar dois encontros
com os familiares dos participantes do projeto no decorrer no
projeto.
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3.Incidir na formulação
e controle social da política da infância e adolescência do
município por meio da participação ativa nos conselhos
municipais de saúde, educação, assistência social e direitos
da criança e do adolescente.
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J. Participação, na condição
de conselheiro, nos conselhos municipais de saúde, educação,
assistência social e direitos da criança e do adolescente e no
conselho estadual dos direitos da criança e do adolescente.
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K. Reuniões quinzenais com gestores dos serviços de
saúde, educação e assistência social no território Jardim
Irmã Dolores.
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Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e à Adolescência |
CNPJ: 02.360.954/0001-30
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RESUMO DO PROJETONOME DO PROJETO: Roda Viva: a gente quer ter voz ativa
ORGANIZAÇÃO PROPONENTE: Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência, em regime de co-gestão com as organizações Lar de Acolhimento de Meninos e Meninas – LAM e Associação Alfa e Ômega
Nome do Projeto: Roda Viva: a gente quer ter voz ativa |
Organização proponente: Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência, em regime de co-gestão com as organizações Lar de Acolhimento de Meninos e Meninas – LAM e Associação Alfa e Ômega |
LINHA
DE AÇÃO DO PROJETO
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1- Ações
diretas de atendimento que visem ao enfrentamento de situações
de violação de direitos de crianças e adolescentes.
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X |
2- Projetos de atuação social
em rede que visem ao fortalecimento do sistema de garantia de
direitos com ênfase na mobilização social e na articulação
para defesa dos direitos da criança e do adolescente
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3- Projetos que fortaleçam o
processo sócio-educativo e contribuam com a redução da
vulnerabilidade social para o desenvolvimento pessoal de crianças
e adolescentes moradores da área continental de São Vicente.
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QUAL O TIPO DE DIREITO
VIOLADO QUE SEU PROJETO ATUA?
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Direito da criança a participar e expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados com a criança (Art.12 da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, 1989) |
- 30 adolescentes com idade entre 12 e 15 anos, moradores dos bairros Jóquei Clube, Vila Margarida e Jardim Irmã Dolores, os quais formarão o Grupo Gestor do Projeto “Roda Viva: a gente quer ter voz ativa”;
- 35 educadores e trabalhadores sociais que participarão da formação em educação popular;
- 200 pessoas, entre conselheiros, gestores de políticas públicas, adolescentes, educadores e trabalhadores sociais que participarão do Seminário de Fortalecimento de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes;
- 500 a 1000 pessoas, entre trabalhadores da rede de atendimento aos direitos de crianças e adolescentes da Região Metropolitana da Baixada Santista, crianças, adolescentes, familiares e comunidade em geral que participarão do evento 18 de Maio: das Vulnerabilidades à Participação;
- 500 a 1000 pessoas, entre trabalhadores da rede de atendimento aos direitos de crianças e adolescentes da Região Metropolitana da Baixada Santista, crianças, adolescentes, familiares e comunidade em geral que participarão do desfile do bloco carnavalesco EURECA – Eu Reconheço o Estatuto da Criança e Adolescente.
Crianças 0 a
04 anos
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Crianças de 05
a 11 anos
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Adolescentes de
12 a 17 anos
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Nº de
atendimentos diretos
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Nº de
atendimentos diretos
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Nº de
atendimentos diretos
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-
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-
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30
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3-
COMO O PROJETO SERÁ ORGANIZADO?
Objetivo Geral
Sensibilizar
e comprometer o conjunto dos atores sociais do Sistema de Garantia
de Direitos de São Vicente com a mudança das condições
objetivas de vida de crianças e adolescentes que habitam
territórios vulneráveis, por meio de ações integradas e
referenciais de articulação política, mobilização social,
formação de adolescentes e educadores e participação ativa nos
espaços de deliberação de políticas públicas e exercício do
controle social.
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Objetivo Específico
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Ação
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Resultados esperados
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1.
Fortalecer o protagonismo dos adolescentes, por meio da formação
de um Grupo Gestor, organizado em núcleos comunitários.
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A- Reuniões do Grupo Gestor:
encontros semanais dos 30 integrantes do Grupo Gestor, organizados
em três núcleos comunitários: Jóquei Clube, Vila Margarida e
Jardim Irmã Dolores.
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Adolescentes envolvidos com as questões sociais de seu bairro. |
B- Reuniões Gerais do Grupo
Gestor: encontros mensais integrando os três núcleos
comunitários.
|
Adolescentes informados sobre a condição da infância na cidade e comprometidos com a transformação das situações que produzem violações de direitos. | |
C- Viagem de Formação: uma
saída cultural com o Grupo Gestor, os educadores do projeto e
convidados.
|
Adolescentes e educadores vivenciando uma experiência formativa, baseada no movimento e na troca de saberes entre jovens e adultos. | |
2.
Fortalecer o protagonismo dos educadores e trabalhadores sociais,
por meio de um processo formativo em educação popular.
|
D- Formação em Educação
Popular: realização de três jornadas formativas conduzidas
pelos educadores do Núcleo de Educação Popular 13 de Maio
|
Educadores e trabalhadores
sociais reconhecendo a potência transformadora de uma leitura
critica da sociedade e engajados em ações de mobilização
social.
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3.
Mobilizar governo e sociedade para a realização de ações
conjuntas que fortaleçam o Sistema de Garantia de Direitos de
Crianças e Adolescentes.
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E- Seminário de Fortalecimento
do Sistema de Garantia de Direitos: um seminário de análise de
contexto e recomendações para a formulação da política
pública da infância no município.
|
Atores sociais do Sistema de Garantia de Direitos sensibilizados e comprometidos com a qualificação das politicas públicas que garantam os direitos das crianças e adolescentes no município |
F- Evento 18 de Maio: das
Vulnerabilidades à Participação: um encontro regional de
integração de políticas, serviços, projetos e pessoas
engajadas na luta contra o abuso e a exploração sexual de
crianças e adolescentes e defensores de uma clínica
anti-manicomial.
|
Trabalhadores sociais e sociedade em geral sensibilizados e comprometidos com a luta pela liberdade, respeito e dignidade de todas as pessoas, especialmente daquelas vivendo em circunstância especialmente difíceis. | |
G- Desfile do Bloco
Carnavalesco EURECA: manifestação popular em defesa dos direitos
humanos de crianças e adolescentes.
|
Crianças, adolescentes, educadores e trabalhadores sociais e sociedade em geral protagonizando uma ação de exigibilidade de direitos e reconhecimento da importância da participação popular pela garantia dos direitos humanos. |
4.
PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS:
Reuniões
do Grupo Gestor
O
Grupo Gestor é um dispositivo de reconhecimento da importância da
participação direta dos adolescentes nos assuntos que dizem
respeito à sua própria vida e à vida de sua comunidade. O Projeto
Roda Viva organizará três núcleos de mobilização comunitária,
nos bairros Jóquei Clube, Vila Margarida e Jardim Irmã Dolores.
Cada núcleo contará com a participação de 10 adolescente
dinamizadores de ações em sua comunidade de pertencimento e, pelo
menos, um educador de referência. Cada núcleo de responsabilizará
por ações de formação do próprio grupo para os temas que serão
tratados nos eventos de mobilização social. Além disso, produzirá
material de sensibilização e divulgação, tendo as redes sociais
(Facebook, Twiter, Blog) como possíveis ferramentas. Mensalmente, os
três núcleos de encontrarão para compartilhar suas experiências e
produzir ações coletivas.
Formação
de Educadores em Educação Popular
Formação política bimestral para um grupo de 35 trabalhadores e educadores sociais - conselheiros tutelares, conselheiros de políticas públicas, educadores sociais, trabalhadores dos serviços públicos - a fim de qualificar a rede para o trabalho com crianças e adolescentes no município.
Formação política bimestral para um grupo de 35 trabalhadores e educadores sociais - conselheiros tutelares, conselheiros de políticas públicas, educadores sociais, trabalhadores dos serviços públicos - a fim de qualificar a rede para o trabalho com crianças e adolescentes no município.
Serão
3 módulos aplicados pelo Núcleo de Educação Popular 13 de Maio:
Módulo
1: Como Funciona a Sociedade 1
Roteiro:
A sociedade em que vivemos; riqueza e pobreza; as relações sociais
de poder.
Duração:
16 horas, 2 dias intensivos.
Módulo
2: Como Funciona a Sociedade 2
Roteiro:
As
características fundamentais do capitalismo de acordo com o
pensamento liberal e com a percepção dos trabalhadores; a crise do
capital e a intervenção do Estado na economia; perspectivas e
desafios.
Duração:
16 horas, 2 dias intensivos.
Módulo
3: O que é uma Análise de Conjuntura
Roteiro:
Instrumentos
para compreender uma análise de conjuntura: cenários,
acontecimentos, atores e relação de forças; relação
conjuntura/estrutura; exercício prático e simulado.
Duração:
16 horas, 2 dias intensivos.
Seminário
de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos
O
seminário tem por propósito aprofundar a compreensão sobre o
Sistema de Garantia de Direitos e pactuar o compromisso das agências
públicas e das organizações da sociedade civil pela transformação
das condições de vida nos territórios mais vulneráveis da cidade.
Será convidado um conferencista com reconhecida experiência no
campo do direito e da gestão pública para estimular o debate e a
produção de reflexão e proposição de ações, as quais serão
parte integrante do Plano da Politica Municipal Decenal dos Direitos
da Criança e Adolescente que subsidiará a elaboração do Plano
Plurianual do Município e do orçamento municipal.
Evento 18 de Maio: das
Vulnerabilidades à Participação:
O dia 18 de Maio é alusivo a
duas grandes lutas sociais pela dignidade da pessoa humana: o dia
nacional da luta anti-manicomial e o dia nacional de luta contra o
abuso e a exploração sexual de criança e adolescente. Em todo
território brasileiro são realizadas ações de sensibilização e
mobilização social para conscientizar a população e comprometer
os governos no enfrentamento dessas violações de direitos. Em São
Vicente, a partir de 2010 o CMDCA tem apoiado a realização de um
grande encontro regional para envolver a sociedade e pautar esses
temas na agenda da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Trata-se de um evento intersetorial e aberto à participação da
população.
Desfile do Bloco Carnavalesco
EURECA – Eu Reconheço o Estatuto da Criança e do Adolescente
Criado em 1992 pelo Projeto
Meninos e Meninas de Rua de São Bernardo do Campo, trata-se de um
dispositivo de mobilização social pela garantia dos direitos de
crianças e adolescentes. A cada ano, um grande coletivo de
organizações governamentais e não governamentais se organizam para
produzir uma manifestação, durante o maior evento cultural
brasileiro, o carnaval. A preparação do bloco inclui atividades de
formação de crianças, adolescentes e educadores, escolha do tema a
ser desenvolvido, composição do samba enredo e barracão para
confecção de alegorias e adereços. A partir de 2006 o CMDCA de São
Vicente incluiu em sua agenda esse dispositivo, passando a apoiar a
organização e o desfile do bloco carnavalesco EURECA Litoral.
5. COMO O PROJETO
PRETENDE INTERAGIR COM POLÍTICAS PÚBLICAS?
O Projeto Roda Viva tem por
objetivo geral “sensibilizar
e comprometer o conjunto dos atores sociais do Sistema de Garantia de
Direitos de São Vicente com a mudança das condições objetivas de
vida de crianças e adolescentes que habitam territórios
vulneráveis, por meio de ações integradas e referenciais de
articulação política, mobilização social, formação de
adolescentes e educadores e participação ativa nos espaços de
deliberação de políticas públicas e exercício do controle
social.”Isto significa que a incidência em políticas públicas justifica sua própria razão de ser. O grande desafio que se apresenta é a concretização da intersetorialidade e da transdisciplinaridade, princípios de gestão de políticas públicas que serão postos em evidência e praticados na produção das ações de mobilização e analisados nas ações de formação de educadores e trabalhadores sociais.
O projeto também pretende contribuir com a construção do Plano Decenal Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Plano Municipal Plurianual e influenciar a elaboração do orçamento municipal.
Objetivos específicos
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Ações
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Mês 01
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Mês
02
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Mês
03
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Mês 04
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Mês 05
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Mês 06
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Mês 07
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Mês 08
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Mês 09
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1. Fortalecer o protagonismo dos adolescentes, por meio da formação de
um Grupo Gestor, organizado em núcleos comunitários.
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A- Reuniões do Grupo Gestor: encontros semanais dos 30 integrantes do
Grupo Gestor, organizados em três núcleos comunitários: Jóquei Clube, Vila
Margarida e Jardim Irmã Dolores.
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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B- Reuniões Gerais do Grupo Gestor: encontros mensais integrando os
três núcleos comunitários.
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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C- Viagem de Formação: uma saída cultural com o Grupo Gestor, os
educadores do projeto e convidados.
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X
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2. Fortalecer o protagonismo dos educadores e trabalhadores sociais,
por meio de um processo formativo em educação popular.
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D- Formação em Educação Popular: realização de três jornadas
formativas conduzidas pelos educadores do Núcleo de Educação Popular 13 de
Maio
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X
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X
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X
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3. Mobilizar governo e sociedade para a realização de ações conjuntas
que fortaleçam o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes.
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E- Seminário de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos: um
seminário de análise de contexto e recomendações para a formulação da
política pública da infância no município.
|
X
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F- Evento 18 de Maio: das Vulnerabilidades à Participação: um encontro
regional de integração de políticas, serviços, projetos e pessoas engajadas
na luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes e
defensores de uma clínica anti-manicomial.
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X
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G- Desfile do Bloco Carnavalesco EURECA: manifestação popular em
defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes.
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X
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MUITO BOM O PROJETO!!! ADOREI,
ResponderExcluirMUITO BOM O PROJETO!!! ADOREI,
ResponderExcluiradorei os projetos apesar de não conhece-los. ana Paula lima
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