Projeto Financiados



CÍRCULO DE AMIGOS DO MENOR PATRULHEIRO DO JARDIM RIO BRANCO
Rua Vinte e Quatro, n.º 376 – Jardim Rio Branco – São Vicente / SP
CNPJ/MF n.º 07.206.927/0001-21
Nossa Filosofia é Educação bem dirigida, Recreação e Trabalho bem orientado.

Educar para prosperar!




RESUMO DO PROJETO


Nome do Projeto: “Caravana da Leitura”
Organização Proponente: Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro do Jardim Rio Branco
Linha de Ação:
(   ) Linha de Ação 1 - Ações de atendimento que visem ao enfrentamento de situações de violação de direito de crianças e adolescentes;
(   ) Linha de Ação 2 - Projetos de atuação social em rede que visem ao fortalecimento do sistema de garantia de direitos com ênfase na mobilização social e na articulação para defesa dos direitos da criança e do adolescente;
( x ) Linha de Ação 3 - Projetos que fortaleçam o processo socioeducativo e contribuam com a redução da vulnerabilidade social para o desenvolvimento pessoal das crianças e adolescentes moradores da Área Continental.

Que tipo de violação de direitos?
Artigo 4° do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal 8.069 de 13 de julho de 1990.
“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”



São Vicente, 18 de fevereiro de 2013.







APRESENTAÇÃO

                Este projeto tem por base o pressuposto de que as histórias não podem estar guardadas em livros fechados em bibliotecas, ou nas estantes das escolas e casas. Elas devem, ao contrário, fazer parte do cotidiano de crianças, adolescentes, pais e educadores, afinal, são de uma riqueza cultural valiosa.
                “Era uma vez” será a senha para se entrar no maravilhoso mundo dos contos, mitos, lendas e fábulas. Basta que alguém diga essas três palavrinhas mágicas que o encanto acontece, e nós adultos e crianças, como que hipnotizados, esperamos que o contador de histórias prossiga com sua narrativa.
                Ao ouvirmos uma história temos a possibilidade de refletir sobre a vida, sobre a morte, sobre nossas atitudes e escolhas, pois elas nos falam de dor, luta, compreensão, compaixão, solidariedade, esperança e vitória! Porque elas proporcionam um grande prazer, e é uma necessidade do ser humano, seja ele adulto ou criança.
                Nessa perspectiva, o Camp Rio Branco, apresenta a Caravana da Leitura, uma projeto itinerante de contação de histórias, pelas ruas e praças do Distrito da Área Continental de São Vicente, com o objetivo de oportunizar o acesso a cultura de crianças e adolescentes, por meio das histórias, onde podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver o imaginário.
                Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o pensamento, tais como comparação, o pensamento hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou convergente, as relações especiais e temporais, afinal, toda história tem princípio, meio e fim.
                A Caravana da Leitura não tem a preocupação de contar de histórias com o objetivo de transmitir conhecimentos ou dar lição de moral, as crianças e os adolescentes precisam ouvir as histórias e ver livros pelo prazer que isso lhes traz, para que possam tomar gosto pela leitura.
               
2. Quais serão os participantes do projeto?

Crianças 0 a 4
Crianças 5 a 11
Adolescentes 12 a 17
N° de atendimentos direitos
N° de atendimentos direitos
N° de atendimentos direitos
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150
50

                A Caravana da Leitura pretende atingir diretamente um público de 200 pessoas, entre crianças e adolescentes, por bairro. O Projeto ficará 4 (quatro) semanas em cada bairro, realizando oficinas semanais, nos períodos matutino e vespertino, afim de garantir a participação de todas as crianças e adolescentes em idade escolar.
                No evento de abertura oficial do projeto, prevista para o dia 23 de abril, Dia Internacional do Livro, na Praça dos Ambientalistas, a estimativa é de 300 pessoas, abrangendo as famílias destas crianças e adolescentes, além da rede de ensino da região.

3 – COMO O PROJETO SERÁ ORGANIZADO?



Objetivo Geral: Democratizar o acesso ao mundo da literatura, possibilitando a integração da cultura com crianças e adolescentes, através de oficinas itinerantes de contação de histórias no Distrito da Área Continental de São Vicente, enriquecendo as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a eles viver o imaginário.

Objetivo Específico

Ação

Resultado esperado

1. Oportunizar às crianças e aos adolescentes o exercício da fantasia, da criatividade, do pensamento mágico, o hábito e o prazer pela leitura, desenvolvendo o espírito crítico, permitindo que elas pensem, duvidem, perguntem, critiquem o que foi lido ou contado, tenham suas próprias ideias e formem suas opiniões.
1. Realizar oficinas itinerantes de Contação de Histórias;

2. Disponibilizar o acervo bibliográfico adquirido às crianças e adolescentes durante o período de realização do projeto;




1. Transformação Social;

2. Construção e exercício da cidadania com diminuição da exclusão sociocultural;

3. Aumento da concentração e atenção a cada encontro com a leitura. A proposta incidi na leitura por prazer pelo fato de ser apresentada desvinculada de outras atividades escolares;
4. Ampliação do repertório literário por meio da leitura diária, uma vez que os livros estarão disponíveis a todos;
5. Ampliação da qualidade e diversidade dos comentários sobre os livros;
6. Elaboração de pensamentos crítico em
relação às histórias contadas, para eleição dos livros prediletos e argumentação com os colegas;
7. Leitura ou contação de histórias, a partir da observação das imagens e da lembrança do que haviam escutado, acompanhados pelos colegas ou sozinhas e.
8. Articulação do texto com a imagem, apreciação das ilustrações, socialização de sentimentos e percepções a partir do texto.  

2. Exercitar a leitura como prática democrática, fundamental na formação do senso crítico e da cidadania.




3. Promover a aprendizagem que sirva para a constituição de sujeitos que simplesmente não pertençam a uma sociedade, porém a questiona e a transforma.

4. Em que princípio e experiência se baseia a metodologia a ser utilizada?
                A concepção que fundamentou as atividades desenvolvidas no projeto foi a de que a leitura é um processo de construção de significados, em que há uma relação de diálogo e interação entre o leitor e o texto. Por meio da leitura, o contador de histórias realiza um trabalho ativo de construção de significado do texto, não se limitando simplesmente ao ato de extrair informações da escrita, decodificando letra por letra, palavra por palavra, sílaba por sílaba. A contação de histórias corresponde a um processo de compreensão de como funcionam os signos linguísticos quando a criança ou adolescente depara-se com conflitos e elabora suposições, reconstruindo significados da história a partir de sua vivência de mundo.
                Segundo Fanny Abramovich (2008), em Literatura Infantil: gostosuras e bobices, a contação de histórias é o primeiro contato e interação que ocorre entre criança e texto, propiciando a ela a apreciação da beleza da história mesmo sem saber ler.
                Nessa perspectiva, a Caravana da Leitura, percorrerá os seguintes caminhos:
  • Abril - 1° mês do projeto:
- Recebimento do Recurso
- Contratação da equipe de atuação do projeto
- Aquisição dos materiais
- Iniciar o processo de divulgação do projeto
- Preparação para a Abertura oficial (ao público) do projeto
- 23/04 Dia Internacional do Livro, abertura oficial do Projeto na Praça dos Ambientalistas;
  • 03, 10, 17 e 24 de Maio: Caravana na Leitura no Jardim Rio Branco, na Praça dos Ambientalistas;
  • 07, 14, 21 e 28 de Junho: Caravana na Leitura no Quarentenário, ao lado da Lagoa;
  • 05, 12, 19 e 26 de Julho: Caravana na Leitura na Vila Ema, em frente ao EMEI “Vila Ema”;
  • 02, 09, 16, 23 e 31 de Agosto: Caravana na Leitura no Humaitá / Parque Continental, na Praça do H;
  • 06, 13, 20 e 27 de Setembro: Caravana na Leitura no Samaritá, em frente à Creche Maria Elizabeth;
  • 04, 11, 19 e 26 de Outubro: Caravana na Leitura no Acaraú / Paratinga, na Sociedade de Melhoramentos do Paratinga;
  • 01, 08, 22 e 29 de Novembro: Caravana na Leitura no Gleba II, no Portinho;
  • Dezembro - 9° mês do projeto:
- Dias 06 e 13: Caravana na Leitura no Jardim Rio Negro, no campo de futebol em frente a Creche Vovô Vitalino Soares.
- Dia 20: evento de encerramento da Caravana da Leitura na Praça dos Ambientalistas, ponto de partida do projeto, com uma grande sessão de cinema ao ar livre, onde a criança que estiver participando, receberá um exemplar do livro trabalhado no projeto, como um presente, devido às festividades de fim de ano e como estratégia para o fomento a leitura. Afinal, o objetivo geral do projeto, é a democratização do acesso à cultura. Serão adquiridos 160 (cento e sessenta) exemplares, havendo mais crianças, haverá a contrapartida da instituição.
                - Prestação de contas do projeto.
- Entrega dos relatórios quantitativo e qualitativo do projeto, com os seguintes dados: número de participantes, frequência/assiduidade, escolaridade, idade, escola que estuda, bairro que reside, bairro que frequentou o projeto, participação, comprometimento com o projeto, desenvolvimento escolar e pessoal.
Esses dados farão parte do monitoramento que será realizado pela equipe técnica do projeto, durantes as Caravanas.
Além das atividades itinerantes de contação de histórias, a entidade, realizará junto ao projeto dois eventos:
(1)     12 de Junho: Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil.
(2)     13 de Julho: Promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
Os encontros serão planejados sempre a partir de estudos e discussões da equipe executora do projeto, que se preparará em oficinas fazendo a leitura de textos sobre literatura de infantil e formação do leitor, que contará com os seguintes recursos: 160 exemplares de livros, com textos e gravuras, só com gravuras, livros de tecido, de plástico e também virtual; além de fantoches, dobraduras, sucatas diversas, marionetes, avental de história, baú e maleta mágicos, sacola de leitura, gravuras e teatros.
As oficinas de contação de histórias terão como base os contos de fada, contos maravilhosos, que são histórias sem a presença de fadas, contos de exemplo, lendas, fábulas, mitos, história em quadrinhos, história com fantoches, história cantada, história desenhada, história com interferência, história com sequência e história de papel, com 03 (três) horas de duração por período.


4. Como o Projeto pretende interagir com políticas públicas?
                Integrando as ações da Caravana da Leitura com os movimentos de construção de políticas públicas como: Conselhos Municipais, Poder Executivo e Legislativo.

5. QUE CRONOGRAMA O PROJETO IRÁ CUMPRIR


Objetivos
Específicos
Ações
Mês 01
Mês 02
Mês 03
Mês 04
Mês 05
Mês 06
Mês 07
Mês 08
Mês 09
1. Oportunizar às crianças e aos adolescentes o exercício da fantasia, da criatividade, do pensamento mágico, o hábito e o prazer pela leitura, desenvolvendo o espírito crítico, permitindo que elas pensem, duvidem, perguntem, critiquem o que foi lido ou contado, tenham suas próprias ideias e formem suas opiniões.



Oficina de Contação de Histórias
X
X
X
X
X
X
X
X
x
2. Exercitar a leitura como prática democrática,
fundamental na formação do senso crítico e da cidadania.

Oficina de Contação

de Histórias
X
X
X
X
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X
X
X
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3. Promover a aprendizagem que sirva para a constituição de sujeitos que simplesmente não pertençam a uma sociedade, porém a questiona e a transforma.

Oficina de Contação de Histórias
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Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e à Adolescência
         CNPJ: 02.360.954/0001-30



RESUMO DO PROJETO
NOME DO PROJETO: Desafio Continental: educação e cultura em movimento.


ORGANIZAÇÃO PROPONENTE: Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência




Nome do Projeto: Desafio Continental: educação e cultura em movimento.
Organização proponente: Centro Camará de Pesquisa e Apoio a Infância e Adolescência

LINHA DE AÇÃO DO PROJETO


1-    Ações diretas de atendimento que visem ao enfrentamento de situações de violação de direitos de crianças e adolescentes.


2- Projetos de atuação social em rede que visem ao fortalecimento do sistema de garantia de direitos com ênfase na mobilização social e na articulação para defesa dos direitos da criança e do adolescent
X
3- Projetos que fortaleçam o processo sócio-educativo e contribuam com a redução da vulnerabilidade social para o desenvolvimento pessoal de crianças e adolescentes moradores da área continental de São Vicente.
QUAL O TIPO DE DIREITO VIOLADO QUE SEU PROJETO ATUA?


Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer ( Art. 53 e 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente)



  • 50 crianças e adolescentes com idade entre 09 e 14 anos, moradores do bairro Jardim Irmã Dolores estudantes da EMEF Prefeito José Meirelles;
  • 25 adolescentes com idade entre 12 e 15 anos, cujas famílias estejam referenciadas no Centro de Referencia de Assistência Social – CRAS Parque Bitaru.
Crianças 0 a 04 anos
Crianças de 05 a 11 anos
Adolescentes de 12 a 17 anos
Nº de atendimentos diretos
Nº de atendimentos diretos
Nº de atendimentos diretos

20
55

3- COMO O PROJETO SERÁ ORGANIZADO?

Objetivo Geral
Contribuir com a redução das vulnerabilidades de crianças e adolescentes moradores do bairro Jardim Irmã Dolores, por meio da integração de dispositivos de educação formal e não formal e estratégias de saúde (mental) e assistência social.

Objetivo Específico
Ação
Resultados esperados

1.Realizar experiências educativas com 75 crianças e adolescentes, por meio de dispositivos de educação formal e não formal;


A.Grupo de Estudos Interdisciplinares: uma atividade semanal de 3 horas de duração com as 50 crianças e adolescentes participantes do projeto, em que percorreremos um roteiro de aprendizagens.
Estudantes mobilizados para percorrer um roteiro de aprendizagens , a partir dos conteúdos curriculares apresentados pela escola.
B. Encontro de Vivências e Produções Educativas: Um encontro semanal de 4 horas de duração com 50 crianças e adolescentes da EMEF Prefeito José Meirelles;
Crianças e adolescentes despertados para a riqueza da descoberta, da criação e da produção coletiva de histórias, saberes e afetos.
C. Oficina de Dança do Ventre: duas oficinas semanais de 2 horas de duração com 10 adolescentes do sexo feminino, referenciadas no CRAS Parque Bitaru.
Grupo preparado para organizar a Mostra de Cultura.
D. Oficina de Teatro: Uma oficina semanal de 4 horas de duração com 15 adolescentes referenciados no CRAS Parque Bitaru.
Grupo preparado para organizar a Mostra de Cultura.
E. Expedição Histórica e Cultural: uma saída cultural com os participantes do projeto.


Participantes do projeto vivenciando a dimensão do movimento e do deslocamento enquanto produtores de inquietações e desacomodações.
F. Mostra de Cultura: realizada no bairro Jardim Irmã Dolores, seguida de uma reflexão sobre a participação ativa de crianças e adolescentes na gestão do ambiente escolar e da comunidade.
Familiares e educadores sensibilizados sobre a importância da participação da família e da comunidade no processo educativo das crianças e adolescentes do bairro.
2.Dar sustentação ao processo educativo das crianças e adolescentes, por meio de dispositivos e estratégias da saúde (mental) e da assistência social.


G. Acompanhamento psicossocial de crianças e adolescentes.



Crianças e adolescentes apoiados em situações de entrave no processo de aprendizagem.
H. Acompanhamento Familiar.


Famílias apoiadas em situações de dificuldades no exercício das funções materna e paterna.
I. Encontro da Camaradagem.


Grupos de famílias envolvidos nos processos educativos de que seus filhos participam.
3. Incidir na formulação e controle social da política da infância e adolescência do município, por meio da participação ativa nos conselhos municipais de saúde, educação, assistência social e direitos da criança e do adolescente.


J. Participação, na condição de conselheiro, nos Conselhos Municipais de Saúde, Educação, Assistência Social e Direitos da Criança e do Adolescente e no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Politica pública da infância construída a partir do diálogo entre a prática concreta realizada no território e as diretrizes, normativas e legislações vigentes.
K. Reuniões quinzenais com gestores dos serviços de saúde, educação e assistência social no território Jardim Irmã Dolores.
Ações de politicas públicas no território integradas e articuladas.

4. PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS:
  • Grupo de Estudos Interdisciplinares
Um encontro semanal de três horas de duração será ofertado às crianças e adolescentes como dispositivo de produção coletiva de conhecimento a partir da diversidade presente no grupo. Trabalharemos com o conceito e a técnica dos “ grupos operativos” e a noção de “tarefa” propostos pelo psicanalista argentino EnriquePichon Rivière. A tarefa deste grupo de 50 crianças e adolescentes será percorrer uma trajetória de aprendizagens partindo dos conteúdos escolares apresentados pela escola, em seu currículo. O grupo terá um coordenador, que se encarregará de apresentar a tarefa do dia e cuidará para que os participantes expressem seus saberes, seus não saberes, suas dúvidas e hesitações e confiem na potência da produção coletiva. Diversos materiais serão utilizados para apoiar a produção do grupo: livros, filmes, mapas, músicas. Eventualmente, serão convidados professores especialistas para tratar de temas específicos.
O trabalho desenvolvido pela equipe pedagógica da Escola Municipal Desembargador Amorim Lima, em São Paulo com base na experiência da Escola da Ponte, em Portugal, será referência para a metodologia que iremos aplicar.

  • Encontro de Vivências e Produções Educativas “A Caixa de Inventação”
O educador e psicanalista Rubem Alves em seu texto “As Duas Caixas: a caixa de brinquedos e a caixa de ferramentas” afirma que "a primeira tarefa de cada geração, dos pais e das escolas, é passar aos filhos, como herança, a caixa de ferramentas. Para que eles sobrevivam e não tenham de começar da estaca zero. Diante da caixa de ferramentas, a primeira pergunta que um professor tem de fazer é: "Isso que estou ensinando é ferramenta para quê? De que forma esse conhecimento aumenta a competência dos meus alunos para viver a sua vida?"
Mas há uma outra caixa, na mão esquerda, a mão do coração e do prazer. Essa caixa está cheia de coisas inúteis que não servem para nada. Lá estão um livro de poemas da Cecília Meireles, a estória de "Alice no País das Maravilhas", um pé de jasmim, um quadro do Monet, uma sonata de Mozart, um banho de cachoeira, um beijo… Coisas inúteis. E, no entanto, elas são parte da vida e nos fazem sorrir. E não é para isso que se educa? Para que saibamos, além de viver, sorrir e ter prazer?”
Para o poeta pantaneiro Manoel de Barros "a poesia é uma reflexão permanente. A palavra me atinge de tal modo, que a língua passa a inventar coisas. Nunca escrevi uma palavra que não tenha roçado no meu corpo. Minha poesia é marcada por um constante morrer e renascer. Essa permanente metamorfose está presente em toda a minha obra. Acho que é importante para o poeta reviçar as coisas"(In: SÁ, 1992, p. 59)
O encontro desses dois poetas educadores resultou na proposta metodológica da Caixa de Inventação, que passamos a descrever:
A caixa será de madeira com rodinhas. Sua proporção aproximada será 0,80 x 0,70 com 0,75m de altura. A caixa guardará mistérios. Esse é o seu maior propósito, ocultar objetos variados que serão desvelados e recriados.
A princípio, a equipe de educadores se incumbirá de guardar livros, lápis, giz, novelos de lã, papel, cacarecos, areia, argila... Os objetos poderão ser explorados pelos diversos sentidos: tato, olfato, paladar, visão e audição. Eles serão renovados a cada encontro. A tarefa é inventar.
No decorrer do processo grupal os próprios participantes, em pequenos grupos, poderão cuidar de abastecer a caixa, isto é, tirar coisas e inserir outras que sejam surpresa para o próprio educador. Aquele ou aqueles que estiverem com a incumbência de montar a caixa deverão trazer ideias para as atividades, como “cartas na manga”; mas o mais importante é não ficar engessado nas próprias ideias. Se o grupo construir outra atividade melhor.
Privilegiaremos a surpresa, poder olhar com outros olhos, desacomodar, abrir para a possibilidade da criação e nova apropriação dos objetos e relações que serão criadas.
Os encontros serão ritualizados. O 1º momento será em uma grande roda, cuja função será preservar a memória do grupo. Faremos o resgate dos encontros anteriores, internalizando assim a experiência do tempo processual e compartilharemos algo novo que tenha acontecido na vida de cada um, reconheceremos os presentes e indagaremos sobre os ausentes. Assim afirmaremos na experiência o sentido da pertença. Usaremos nesta grande roda o bastão falador.
O bastão falador é um instrumento simbólico usado pelos índios xavantes e funciona como um ordenador grupal.
A palavra circula com o bastão. Apenas aquele que estiver com o bastão poderá exercer seu direito de fala, os demais serão convidados a uma escuta atenta e presente.
A caixa estará no centro da roda e sobre ela teremos a presença de algum elemento da natureza, possivelmente uma flor, mas poderá ser uma vela, uma bela pedra ou cristal. A ideia é homenagear o belo e cultivar a relação homem- natureza. O bastão falador também ficará sobre a caixa, isto é, no centro, quando não estiver nas mãos do detentor da palavra.
Após este primeiro momento da grande roda que durará uns 45minutos, abriremos a caixa. Sendo o conteúdo da caixa variado, as atividades dependerão da natureza do estímulo e, principalmente, da apropriação deste pelo grupo. O tempo de exploração da caixa girará em torno de 2:00h. No final voltaremos para a grande roda e teremos mais uns 45minutos. Neste encerramento novamente utilizaremos o bastão falador. Os participantes terão a possibilidade de se expressarem verbalmente. Sempre será respeitada a expressão silenciosa ou gestual.
  • Sobre o momento da caixa.
Incentivaremos a expressão e o exercício de diversas linguagens advindos das artes plásticas, dramáticas, visuais, do movimento, da linguagem escrita formal e informal e da tradição oral.
Assim, ferramentas como vídeos, mandalas, eutonia, dança, exercícios de teatro, contação de história, criação de história, trabalhos de percussão e brincadeiras serão bem vindas e estimuladas.
O respeito à singularidade, a descoberta do próprio ritmo e estilo será estimulado na construção coletiva.
As atividades poderão acontecer em duplas, pequenos grupos ou grupos ampliados, dependendo de sua natureza.
No final de cada encontro a equipe, as crianças e os adolescentes farão um relatório de descrição e avaliação da atividade. Revezaremos esta atividade com o propósito de fomentar a polifonia e sistematizarmos a experiência a partir da expressão dos vários participantes.

  • Oficina de Dança do Ventre
Duas aulas de dança do ventre semanais, com duas horas de duração, na sede do Camará, para as adolescentes do sexo feminino participantes do projeto. Esta atividade se apoia no dissertação de mestrado de Márcia Mignac " A subversão da sujeição: a ação politica da dança do ventre em corpos sujeitados e em instituições".Trata se de uma proposta que anuncia a dança do ventre como ação cognitiva do corpo, uma estratégia que permite ao corpo adolescente conhecer se. A partir da feitura dos desenhos, como o oito infinito, círculos e ondulações, o corpo se reconhece em cadeia articular e se abre para as comunicações/ relações entre as regiões do próprio corpo, pois não é possível a realização de um passo como o oito infinito sem o encadeamento dos pés, joelhos, pernas e quadril. E, nesse fazer, o corpo se faz.

  • Oficina de Teatro
Encontro Semanal de quatro horas de duração, realizada na Sede do Camará com atividades de iniciação teatral, criação coletiva de textos e cenas, produção e apresentação de espetáculos abordando temas de interesse dos (as) adolescentes: Prevenção as
DST/AIDS, sexualidade, meio ambiente, trabalho e cultura.

  • Expedição Histórica e Cultural
As saídas de intercâmbio cultural fazem parte de uma concepção metodológica que visa proporcionar novas experiências culturais e sociais e promover o fortalecimento da grupalidade. A experiência com as saídas culturais tem demonstrado que a circulação por espaços culturais cria um novo jeito das crianças, adolescentes e familiares se colocarem no mundo. O que se busca é que os mesmos acreditem em seu potencial para tornarem-se produtores de história e de cultura. Ficam mais críticos, ampliam a visão sobre as possibilidades de lazer, além do processo educativo proveniente tanto do conteúdo das produções culturais, quanto da experiência grupal. Trata-se, portanto, de uma estratégia imprescindível em metodologias de trabalho que visam à promoção de autonomia. Em atividades como essa, vários aspectos do processo grupal como relacionamento interpessoal, comportamento diante do grupo, tomada de decisões, cumprimento de decisões coletivas, entre outros, são instrumentos para o aperfeiçoamento do trabalho dos educadores. Tensões que ficam latentes no cotidiano, por exemplo, aparecem. Desta forma, o educador tem a oportunidade de conhecê-las e trabalhá-las.


  • Acompanhamento Psicossocial, Acompanhamento familiar e Encontro da Camaradagem
Visitas domiciliares, reuniões com famílias e grupos multifamiliares. A cada semestre será realizado um encontro geral com as famílias dos participantes, denominado "Encontro da Camaradagem".

5. COMO O PROJETO PRETENDE INTERAGIR COM POLÍTICAS PÚBLICAS?

O Projeto Desafio Continental estabelece um objetivo especifico para influenciar a formulação da politica publica da infância no município:
“ Incidir na formulação e controle social da política da infância e adolescência do município por meio da participação ativa nos conselhos municipais de saúde, educação, assistência social e direitos da criança e do adolescente”.
Para tanto, o coordenador do projeto terá como atribuição apresentar permanentemente o processo educativo em curso e os resultados alcançados aos conselhos de politicas públicas do município.
A Rede Metropolitana de CMDCAs da Baixada Santista constituirá o fórum de debates sobre a politica da infância na região, enquanto o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo – CONDECA / SP, será o espaço de análise e proposição de politicas públicas em nível estadual.
O local da experiência de integração de politicas públicas será o território, neste caso o bairro Jardim Irmã Dolores. A experiência cotidiana e concreta de conectar pessoas, serviços, órgãos governamentais e não governamentais, tal como propõe o Sistema de Garantia de Direitos (Art. 86 do ECA) fornecerá a base e o repertório que será encaminhado aos conselhos deliberativos de politicas públicas de saúde, educação, assistência social e direitos da criança e do adolescente.




Objetivos específicos
Ações
Mês 01
Mês 02
Mês 03
Mês 04
Mês 05
Mês 06
Mês 07
Mês 08
Mês 09

1.Realizar experiências educativas com 75 crianças e adolescentes, por meio de dispositivos de educação formal e não formal;
A. Grupo de Estudos Interdisciplinares: uma atividade semanal de 3 horas de duração com as 50 crianças e adolescentes participantes do projeto, nos quais percorreremos um roteiro de aprendizagens.




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B. Encontro de Vivências e Produções Educativas: Um encontro semanal de 4 horas de duração com 50 crianças e adolescentes da EMEF Prefeito José Meirelles;



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C. Oficina de Dança do Ventre: duas oficinas semanais de 2 horas de duração com 10 adolescentes do sexo feminino, referenciadas no CRAS Parque Bitaru.


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D. Oficina de Teatro: Uma oficina semanal de 4 horas de duração com 15 adolescentes referenciados no CRAS Parque Bitaru.


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E. Expedição Histórica e Cultural: uma saída cultural com os participantes do projeto.





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F. Mostra de Cultura realizada no bairro Jardim Irmã Dolores, seguida de uma reflexão sobre a participação ativa de crianças e adolescentes na gestão do ambiente escolar e da comunidade.












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2.Dar sustentação ao processo educativo das crianças e adolescentes, por meio de dispositivos e estratégias da saúde (mental) e da assistência social.
G.Acompanhamento psicossocial de crianças e adolescentes

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H. Acompanhamento Familiar
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I Encontro da Camaradagem: realizar dois encontros com os familiares dos participantes do projeto no decorrer no projeto.



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3.Incidir na formulação e controle social da política da infância e adolescência do município por meio da participação ativa nos conselhos municipais de saúde, educação, assistência social e direitos da criança e do adolescente.
J. Participação, na condição de conselheiro, nos conselhos municipais de saúde, educação, assistência social e direitos da criança e do adolescente e no conselho estadual dos direitos da criança e do adolescente.




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K. Reuniões quinzenais com gestores dos serviços de saúde, educação e assistência social no território Jardim Irmã Dolores.


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Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e à Adolescência
         CNPJ: 02.360.954/0001-30



RESUMO DO PROJETO
NOME DO PROJETO: Roda Viva: a gente quer ter voz ativa


ORGANIZAÇÃO PROPONENTE: Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência, em regime de co-gestão com as organizações Lar de Acolhimento de Meninos e Meninas – LAM e Associação Alfa e Ômega




Nome do Projeto: Roda Viva: a gente quer ter voz ativa
Organização proponente: Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência, em regime de co-gestão com as organizações Lar de Acolhimento de Meninos e Meninas – LAM e Associação Alfa e Ômega

LINHA DE AÇÃO DO PROJETO


1-    Ações diretas de atendimento que visem ao enfrentamento de situações de violação de direitos de crianças e adolescentes.
X
2- Projetos de atuação social em rede que visem ao fortalecimento do sistema de garantia de direitos com ênfase na mobilização social e na articulação para defesa dos direitos da criança e do adolescente




3- Projetos que fortaleçam o processo sócio-educativo e contribuam com a redução da vulnerabilidade social para o desenvolvimento pessoal de crianças e adolescentes moradores da área continental de São Vicente.
QUAL O TIPO DE DIREITO VIOLADO QUE SEU PROJETO ATUA?


Direito da criança a participar e expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados com a criança (Art.12 da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, 1989)




  • 30 adolescentes com idade entre 12 e 15 anos, moradores dos bairros Jóquei Clube, Vila Margarida e Jardim Irmã Dolores, os quais formarão o Grupo Gestor do Projeto “Roda Viva: a gente quer ter voz ativa”;
  • 35 educadores e trabalhadores sociais que participarão da formação em educação popular;
  • 200 pessoas, entre conselheiros, gestores de políticas públicas, adolescentes, educadores e trabalhadores sociais que participarão do Seminário de Fortalecimento de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes;
  • 500 a 1000 pessoas, entre trabalhadores da rede de atendimento aos direitos de crianças e adolescentes da Região Metropolitana da Baixada Santista, crianças, adolescentes, familiares e comunidade em geral que participarão do evento 18 de Maio: das Vulnerabilidades à Participação;
  • 500 a 1000 pessoas, entre trabalhadores da rede de atendimento aos direitos de crianças e adolescentes da Região Metropolitana da Baixada Santista, crianças, adolescentes, familiares e comunidade em geral que participarão do desfile do bloco carnavalesco EURECA – Eu Reconheço o Estatuto da Criança e Adolescente.
Crianças 0 a 04 anos
Crianças de 05 a 11 anos
Adolescentes de 12 a 17 anos
Nº de atendimentos diretos
Nº de atendimentos diretos
Nº de atendimentos diretos
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30


3- COMO O PROJETO SERÁ ORGANIZADO?
Objetivo Geral
Sensibilizar e comprometer o conjunto dos atores sociais do Sistema de Garantia de Direitos de São Vicente com a mudança das condições objetivas de vida de crianças e adolescentes que habitam territórios vulneráveis, por meio de ações integradas e referenciais de articulação política, mobilização social, formação de adolescentes e educadores e participação ativa nos espaços de deliberação de políticas públicas e exercício do controle social.

Objetivo Específico
Ação
Resultados esperados
1. Fortalecer o protagonismo dos adolescentes, por meio da formação de um Grupo Gestor, organizado em núcleos comunitários.
A- Reuniões do Grupo Gestor: encontros semanais dos 30 integrantes do Grupo Gestor, organizados em três núcleos comunitários: Jóquei Clube, Vila Margarida e Jardim Irmã Dolores.
Adolescentes envolvidos com as questões sociais de seu bairro.
B- Reuniões Gerais do Grupo Gestor: encontros mensais integrando os três núcleos comunitários.
Adolescentes informados sobre a condição da infância na cidade e comprometidos com a transformação das situações que produzem violações de direitos.
C- Viagem de Formação: uma saída cultural com o Grupo Gestor, os educadores do projeto e convidados.
Adolescentes e educadores vivenciando uma experiência formativa, baseada no movimento e na troca de saberes entre jovens e adultos.
2. Fortalecer o protagonismo dos educadores e trabalhadores sociais, por meio de um processo formativo em educação popular.
D- Formação em Educação Popular: realização de três jornadas formativas conduzidas pelos educadores do Núcleo de Educação Popular 13 de Maio
Educadores e trabalhadores sociais reconhecendo a potência transformadora de uma leitura critica da sociedade e engajados em ações de mobilização social.
3. Mobilizar governo e sociedade para a realização de ações conjuntas que fortaleçam o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes.
E- Seminário de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos: um seminário de análise de contexto e recomendações para a formulação da política pública da infância no município.
Atores sociais do Sistema de Garantia de Direitos sensibilizados e comprometidos com a qualificação das politicas públicas que garantam os direitos das crianças e adolescentes no município
F- Evento 18 de Maio: das Vulnerabilidades à Participação: um encontro regional de integração de políticas, serviços, projetos e pessoas engajadas na luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes e defensores de uma clínica anti-manicomial.
Trabalhadores sociais e sociedade em geral sensibilizados e comprometidos com a luta pela liberdade, respeito e dignidade de todas as pessoas, especialmente daquelas vivendo em circunstância especialmente difíceis.
G- Desfile do Bloco Carnavalesco EURECA: manifestação popular em defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes.
Crianças, adolescentes, educadores e trabalhadores sociais e sociedade em geral protagonizando uma ação de exigibilidade de direitos e reconhecimento da importância da participação popular pela garantia dos direitos humanos.

4. PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS:

Reuniões do Grupo Gestor
O Grupo Gestor é um dispositivo de reconhecimento da importância da participação direta dos adolescentes nos assuntos que dizem respeito à sua própria vida e à vida de sua comunidade. O Projeto Roda Viva organizará três núcleos de mobilização comunitária, nos bairros Jóquei Clube, Vila Margarida e Jardim Irmã Dolores. Cada núcleo contará com a participação de 10 adolescente dinamizadores de ações em sua comunidade de pertencimento e, pelo menos, um educador de referência. Cada núcleo de responsabilizará por ações de formação do próprio grupo para os temas que serão tratados nos eventos de mobilização social. Além disso, produzirá material de sensibilização e divulgação, tendo as redes sociais (Facebook, Twiter, Blog) como possíveis ferramentas. Mensalmente, os três núcleos de encontrarão para compartilhar suas experiências e produzir ações coletivas.

Formação de Educadores em Educação Popular
Formação política bimestral para um grupo de 35 trabalhadores e educadores sociais - conselheiros tutelares, conselheiros de políticas públicas, educadores sociais, trabalhadores dos serviços públicos - a fim de qualificar a rede para o trabalho com crianças e adolescentes no município.
Serão 3 módulos aplicados pelo Núcleo de Educação Popular 13 de Maio:
Módulo 1: Como Funciona a Sociedade 1
Roteiro: A sociedade em que vivemos; riqueza e pobreza; as relações sociais de poder.
Duração: 16 horas, 2 dias intensivos.
Módulo 2: Como Funciona a Sociedade 2
Roteiro: As características fundamentais do capitalismo de acordo com o pensamento liberal e com a percepção dos trabalhadores; a crise do capital e a intervenção do Estado na economia; perspectivas e desafios.
Duração: 16 horas, 2 dias intensivos.
Módulo 3: O que é uma Análise de Conjuntura
Roteiro: Instrumentos para compreender uma análise de conjuntura: cenários, acontecimentos, atores e relação de forças; relação conjuntura/estrutura; exercício prático e simulado.
Duração: 16 horas, 2 dias intensivos.

Seminário de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos
O seminário tem por propósito aprofundar a compreensão sobre o Sistema de Garantia de Direitos e pactuar o compromisso das agências públicas e das organizações da sociedade civil pela transformação das condições de vida nos territórios mais vulneráveis da cidade. Será convidado um conferencista com reconhecida experiência no campo do direito e da gestão pública para estimular o debate e a produção de reflexão e proposição de ações, as quais serão parte integrante do Plano da Politica Municipal Decenal dos Direitos da Criança e Adolescente que subsidiará a elaboração do Plano Plurianual do Município e do orçamento municipal.

Evento 18 de Maio: das Vulnerabilidades à Participação:
O dia 18 de Maio é alusivo a duas grandes lutas sociais pela dignidade da pessoa humana: o dia nacional da luta anti-manicomial e o dia nacional de luta contra o abuso e a exploração sexual de criança e adolescente. Em todo território brasileiro são realizadas ações de sensibilização e mobilização social para conscientizar a população e comprometer os governos no enfrentamento dessas violações de direitos. Em São Vicente, a partir de 2010 o CMDCA tem apoiado a realização de um grande encontro regional para envolver a sociedade e pautar esses temas na agenda da Região Metropolitana da Baixada Santista. Trata-se de um evento intersetorial e aberto à participação da população.

Desfile do Bloco Carnavalesco EURECA – Eu Reconheço o Estatuto da Criança e do Adolescente
Criado em 1992 pelo Projeto Meninos e Meninas de Rua de São Bernardo do Campo, trata-se de um dispositivo de mobilização social pela garantia dos direitos de crianças e adolescentes. A cada ano, um grande coletivo de organizações governamentais e não governamentais se organizam para produzir uma manifestação, durante o maior evento cultural brasileiro, o carnaval. A preparação do bloco inclui atividades de formação de crianças, adolescentes e educadores, escolha do tema a ser desenvolvido, composição do samba enredo e barracão para confecção de alegorias e adereços. A partir de 2006 o CMDCA de São Vicente incluiu em sua agenda esse dispositivo, passando a apoiar a organização e o desfile do bloco carnavalesco EURECA Litoral.




5. COMO O PROJETO PRETENDE INTERAGIR COM POLÍTICAS PÚBLICAS?
O Projeto Roda Viva tem por objetivo geral “sensibilizar e comprometer o conjunto dos atores sociais do Sistema de Garantia de Direitos de São Vicente com a mudança das condições objetivas de vida de crianças e adolescentes que habitam territórios vulneráveis, por meio de ações integradas e referenciais de articulação política, mobilização social, formação de adolescentes e educadores e participação ativa nos espaços de deliberação de políticas públicas e exercício do controle social.”
Isto significa que a incidência em políticas públicas justifica sua própria razão de ser. O grande desafio que se apresenta é a concretização da intersetorialidade e da transdisciplinaridade, princípios de gestão de políticas públicas que serão postos em evidência e praticados na produção das ações de mobilização e analisados nas ações de formação de educadores e trabalhadores sociais.
O projeto também pretende contribuir com a construção do Plano Decenal Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Plano Municipal Plurianual e influenciar a elaboração do orçamento municipal.

Objetivos específicos
Ações
Mês 01
Mês
02
Mês
03
Mês 04
Mês 05
Mês 06
Mês 07
Mês 08
Mês 09
1. Fortalecer o protagonismo dos adolescentes, por meio da formação de um Grupo Gestor, organizado em núcleos comunitários.
A- Reuniões do Grupo Gestor: encontros semanais dos 30 integrantes do Grupo Gestor, organizados em três núcleos comunitários: Jóquei Clube, Vila Margarida e Jardim Irmã Dolores.




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B- Reuniões Gerais do Grupo Gestor: encontros mensais integrando os três núcleos comunitários.


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C- Viagem de Formação: uma saída cultural com o Grupo Gestor, os educadores do projeto e convidados.




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2. Fortalecer o protagonismo dos educadores e trabalhadores sociais, por meio de um processo formativo em educação popular.
D- Formação em Educação Popular: realização de três jornadas formativas conduzidas pelos educadores do Núcleo de Educação Popular 13 de Maio


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3. Mobilizar governo e sociedade para a realização de ações conjuntas que fortaleçam o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes.
E- Seminário de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos: um seminário de análise de contexto e recomendações para a formulação da política pública da infância no município.
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F- Evento 18 de Maio: das Vulnerabilidades à Participação: um encontro regional de integração de políticas, serviços, projetos e pessoas engajadas na luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes e defensores de uma clínica anti-manicomial.
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G- Desfile do Bloco Carnavalesco EURECA: manifestação popular em defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes.
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